Angústia Suprema
Eu imagino o seu olhar
Eu o procuro no tempo
A última noite entre
nós
Angústia ao extremo
Sua alma entristeceu
Companhia adormeceu
Só a lua a iluminar
A angústia de um
homem-deus
Prostrou-se em terra
Exprimiu suas aflições
Um anjo o consolava
E a tristeza o abalava
(refrão)
Foi na solidão sua
maior dor
Suor e sangue, angústia
e amor
Sua fé venceu a dor
Ao seu destino se
entregou
A salvação seria
Tal qual Deus Pai
queria
Repleto de amor
O sangue transpirou
O texto acima é letra
na música intitulada “Angústia Suprema” que canta a respeito de
um fato que é narrado nos evangelhos sobre o ocorrido durante
algumas poucas horas que Jesus passou no jardim do Getsêmani (ou
jardim das Oliveiras) no período que antecedeu a sua prisão, que
resultou no seu martírio.
Ali, naquele momento em
que Jesus, de modo inconteste, se angustiou profundamente “e
disse-lhes: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e
vigiai.” Mc 14:34
Ora, eu me pergunto,
qual seria a razão daquela angustia se Ele, de fato, sabia
plenamente, que os acontecimentos que sucederiam nos próximas horas
eram, nada mais nada menos, que a consumação do inexorável projeto
de seu Pai, Jeová Deus, para a salvação de uma grande multidão de
seres humanos?
Teria o filho do homem
Jesus, sido tomado pelo natural sentimento de medo que ocorre quando
um humano vê diante do seu eminente martírio? A angústia lhe
ocorrerá por ter tido uma antevisão das terríveis circunstâncias
de sofrimento físico pelas quais Ele passaria pelas longas e cruéis
cerca de quinze horas seguintes?
Ora, não seria,
acreditar que assim fosse, uma interpretação por demais simplista,
diante da imensurável magnitude do acontecimento que, pelo poder de
Deus, então se cumpria? Não estava Jeová realizando ali o único e
possível acontecimento que pudesse estabelecer uma via de salvação
para a humanidade?
Angustiou-se Jesus por
si próprio, ou houve ali, naquela angústia suprema, uma outra razão
maior que não era, então, apresentada de modo explícito? Não
haveria ali, para aquela angustia imensurável, uma razão oculta,
que viria a ser revelada somente diante de uma visão estabelecida
pelo poder da fé, para aqueles que crerem que aquilo foi, de fato, o
único possível preço a ser pago, para o estabelecimento da nossa
via de salvação?
Pense friamente,
cristão: mártires por mártires, daqueles que se entregaram ao
martírio por causas nobres, com o coração cheio heroísmo e de
amor sincero aos semelhantes, e até mesmo por amor sincero a Deus, a
história da humanidade está repleta de casos, mas nenhum destes
pôde ser o resgatador da humanidade.
A loucura humana por
ambição e por ganância de riqueza e poder, o desvario humano em
governar as nações e, mesmo em governar a aquilo que a história
denomina como sendo “igreja”, foi e ainda tem sido, como algo
profícuo em gerar tais mártires, mas todos eles dormem na morte,
esperando o chamado de Jesus.
Se você é sincero e
não é ignorante, deve estar agora se lembrando de alguns desses
casos. Se você não tem tal conhecimento, basta dar uma rápida
vasculhada na maior enciclopédia humana que os muitos relatos
bastante verídicos, salvos por alguns exageros e detalhes
controversos, que são inerentes ao imperfeito processo de registro
histórico humano, lhe saltarão a vista, como milho de pipoca
lançado em olho fervente.
São, de fato, inúmeros
casos de mártires e heróis e possivelmente, alguns deles devem ter
ido as últimas consequências de seus atos heroicos, sem derramar
uma única lágima sequer, de angustia ou pavor, mesmo diante da
derradeira ação de seus algozes. Não citarei aqui, ainda, o nome
de nenhum caso exemplar, a fim de não produzir comparações de caso
a caso, enaltecendo a alguns ou diminuindo a outros.
Mas então, o que teve,
realmente, o martírio de Jesus de especial? Seria Ele apenas mais um
mártir, dentre tantos, produzidos pela loucura humana? E,
principalmente, o que é a revelação que o Espírito enseja
trazer-lhes, qual foi a razão de tão profunda angústia sentida por
Ele ali no jardim das Oliveiras?
Mesmo eu, um homem
contemporâneo deste tempo cibernético e cosmopolita, amante da
ciência e das artes humanas, dotado de plenas boas capacidades
físicas e mentais, desembaçado de compromissos cíveis que me
tolhessem o pleno desfrutar dos gozos que a sociedade moderna e
libertária me oferecem, ao invés de me alegrar profusamente com
isso, já há um bom tempo, a medida em que a minha alma amadurece,
venho me sentindo cada vez mais amargurado.
Eu sei que a amargura
que eu estou sentindo, é mesmo, apenas uma pequena parte, daquela
mesma angustia suprema que sentiu Jesus. Mas repare que eu estou
usando palavras diferentes para exprimir a representação de um
sentimento de mesma natureza (angústia em Jesus, amargura em mim),
pois o sentimento de Jesus, foi grande de uma maneira sem medida, mas
durou poucas horas, e o meu é pequeno, na minha proporção humana
limitada, mas é para toda a minha vida.
Hoje, no ponto de
amadurecimento em que eu me encontro, principalmente para com
respeito ao meu relacionamento com o mundo espiritual, é que eu pude
chegar a ter alguma ciência da semelhança de tais sentimentos,
posto que até então, eu me inclinava ao auto convencimento de que,
em meu ser, haveria tão somente a famigerada doença da depressão,
dita popularmente como sendo, o “mal do século XXI”, a qual eu
hoje creio, que pode muito bem, ser dita também, como o “mal do
século XX”, o “mal do século XIX”, o “mal ...”.
Há muitos anos a minha
alma indaga a si mesma, de modo recorrente, o seguinte ditado louco:
“Não há que se ter medo da morte, mas sim, medo da vida pois,
viver neste mundo é algo terrível!”. O ponto de exclamação
empregado na última oração deste período não é apenas um sinal
retórico pois, a ideia de ter tal pensamento flutuando livremente em
meu âmago, deveras sempre me perturbou, causando-me, no início, até
bastante medo.
Eu não consigo me
lembrar, exatamente, de quando foi isso começou em minha vida mas, e
creio que, a princípio, tal pensamento transitava de modo algo
inconsciente, para depois de alguns anos, passar a transitar, de
modo progressivo, cada vez mais conscientemente, e a perturbação
causada, advinha do fato de que, após cada manifestação desse
pensamento, a lógica fria que há em mim o analisava e o considerava
como uma possível “ideia derrotista”, de quem “se acovarda
diante da luta da vida” e, o pior, acusava carregar uma “tendência
suicida”.
Por décadas eu tentei
apagar tal pensamento de minha alma e, não obstante a ele, ao
avaliar-me como ser, não me sentia suicida, nem derrotista, e tal
pensamento, transitava em minha mente, sem nunca ter feito descer
desejo algum ao meu coração, muito menos algum desejo macabro,
muito pelo contrário, como disse anteriormente, eu me senti e me
expressei sempre como alguém contemporâneo deste tempo cibernético
e cosmopolita, amante da ciência e das artes humanas, dotado de
plenas boas capacidades físicas e mentais.
Todavia, aquele
pensamento, de modo resistente, continuou me assombrando por décadas,
até chegar aos dias de hoje, e foi apenas com o meu lento e gradual
amadurecimento, que eu pude, aos poucos, não temê-lo mais e de
chegar ao ponto em que eu me vejo agora, de aceitá-lo e
compreendê-lo, como sendo uma pequenina parcela compartilhada, da
mesma angústia suprema que Jesus expressou sentir, naqueles momentos
ali no jardim das oliveiras.
Apesar de quão
terrível, de fato, tem sido a mim viver neste mundo, em cinco
décadas da minha vida, eu não me suicidei e creio que, no tempo de
vida que ainda me reste viver aqui, ainda que este tempo venha a
ultrapassar o tempo já vivido, eu não o farei, até mesmo porque,
diante do meu crescimento e amadurecimento para com as coisas
espirituais, o pior de tudo já passou.
O que eu mais desejo
hoje, e para o restante da minha vida, é poder dizer aos acreditam
que sofrem como eu acreditava que sofria, com aquele tal pensamento,
é que ele é natural, inerente a nossa natureza humana mais que
inteligente, que é ainda sábio e verdadeiro, e é coisa que se
expressa em nossas vidas pela permissão de Deus, não tendo vindo
para nos matar, para nos roubar ou para nos destruir, mas para nos
dar uma vida de aprendizagem, que acabe por ser útil ao Senhor.
Viver neste mundo é
verdadeiramente algo terrível pois, fato é que ele está
irremediavelmente perdido, fadado a morte, enquanto que nós, os
loucos para o mundo, quando conseguirmos superar as barreiras que
tentam nos impedir de ter o conhecimento exato de “por que Jesus
sofreu ali no Getsêmani” passamos a ser dotados de um real poder,
que pode nos conduzir então a coisas maravilhosas, as quais o mundo
nunca entenderá: salvação no nome e no sangue de Jesus.
Não amados, vós que
sois loucos de amor pelo mundo, vocês não precisam chorar as suas
próprias lágrimas de paixão pela humanidade pois, as lágrimas que
cabiam ser choradas, já o foram ali com Cristo, lágrimas e suor de
sangue, choradas por Jesus em sua angústia suprema e nenhuma outra
lágrima, nenhuma outra angústia, nenhum outro suor ou sangue, nada,
poderá superar o que houve naquele momento.
Saiba, pois que é
inevitável que a humanidade continue se degradando, no dia a dia em
que hoje vivemos e é inevitável também a nossa dor por sermos
contemporâneos desse tempo de degradação, mas o nosso sofrimento
por causa de ver isso acontecendo é completamente vão e é, tão
simplesmente, uma inútil opção nossa apenas!
Nós humanos, não
vemos nem julgamos com os olhos do Espírito, mesmo alguns de nós,
que se tornam esclarecidos, não obtém exito nisso. Nós vemos e
julgamos com os nossos olhos físicos, pois é isso que somos,
matéria … e jamais poderemos demover o mundo de seu destino de
destruição, com a força do nosso próprio braço. Enquanto isso,
tudo o que vier a acontecer, é algo que, simplesmente, terá que
acontecer.
Se ao menos nós
pudermos compreender o que significou o martírio de Jesus, tornaremo
nos cônscios de que somente o legítimo dono do mundo poderá,
quando vier o momento apropriado, restaurá-lo e poderemos então,
também, ter a sensação alegre da certeza de estarmos rumo a esse
grande e totalmente diferente dia, ao qual nos encaminhamos a passos
largos e acelerados.
É somente esta
esperança que pode apaziguar a nossa angústia, a nossa amargura
sincera de homem mortal louco de paixão pelo mundo e pela
humanidade: tudo o que há nos será tornado novo!
Ora, pois, aquilo que
nos faz sofrer não é justamente o fato de estarmos com nosso olhos
abertos vendo o mundo do jeito terrível que ele é, e não é a
causa da nossa amargura não podermos vê-lo modificado, como sendo
de uma forma diferente? Pois isso só será possível acontecer, se
antes suceder por um tempo, a pífia vitória do mal, com ele
aparentemente predominando, até que se escote a sua medida e o seu
cálice transborde, e mão da ira de Deus o venha remover
completamente.
Quem me dera se tal
ocorresse ainda hoje, diante de meus olhos, mas não sabemos o dia
nem a hora, porquanto, apenas vemos sinais que nos afirmam que tal
dia e hora se aproxima. Assim, busquemos ao Senhor enquanto Ele ainda
pode ser achado, busquemos pelo seu conhecimento pois, é isso que
significa a vida eterna.
Nada mais podemos, de
fato, fazer com nossa própria força. Nos ligarmos a videira
verdadeira e buscarmos permanecer ligados a ela é tudo que podemos
fazer. Nem mesmo os frutos que daremos sairão por nossa força. Há
que ser assim, por causa da glória de Deus, concedida a Jesus.
Não percamos tempo
como fazem os que no mundo só buscam gananciosamente por riquezas e
prazeres fúteis. Agindo assim estaremos odiando a humanidade que
queremos ver restaurada e odiando ao mundo que querermos ver
renovado. Isso só aumentará o nosso sofrimento louco, em duração
e intensidade.
Antes de podermos nos
alegrar, por fim, com o renovo da vida que vem vindo, haveremos de
passar um período aparentemente contraditório, em que o acesso a
mensagem de Deus para os homens deixará de ser livre, onde hoje ele
ainda é livre, e a pregação do evangelho de Jesus deixará de ser
aberta, onde hoje ela ainda é ela aberta.
Por esse tempo, a
vontade dos inimigos de Deus, parecerá prevalecer e a humanidade
ficará ainda mais confundida, e muitos sentirão satisfação nisso
e mestre apregoarão que tudo terminou assim para o bem da humanidade
e que, enfim, a paz na terra reina. Mas essa falácia não durará.
E sucederá que isso
resultará apenas no agravamento das dores humanas pois, não há
outro fruto que possa advir do que é mal, a não ser o próprio mal.
Naqueles dias, alguns se recordarão das palavras de mensagens como
esta, sentirão saudades e então procurarão por elas, mas não as
encontrarão.
Não obstante as coisas
terríveis que ainda sucederão naqueles dias, os remanescentes
dentre os que creram no poder do sangue de Jesus, os mesmos que
entenderam porque Jesus teve aquele momento de angústia suprema no
Getsêmani, estarão ocultados pelo poder do Senhor, protegidos de
toda desgraça, não poderão ser tocados.
Não amados, não é
mais tempo de acreditar que Jesus se angustiou tão somente por “Ele
se dar conta de tudo o que ele deveria enfrentar nas derradeiras
horas finais de sua vida como homem”. De mártires assim, e até
melhores do que isso, a coroa mundana da humanidade está amplamente
cravejada.
Isso que acreditamos
ser o todo, foi nada mais do que tão somente, a mísera e
desprezível parcela do porque Jesus orou fervorosamente para saber
do Senhor Jeová se havia outra forma de redimir a humanidade.
Essa mísera e
desprezível parcela, se ocorreu, foi porque a alma de Jesus,
naquele momento, estava tão firmemente dependente da carne, quanto
eu e você, seres humanos, físicos materiais e mortais estamos. Mas
saiba que essa parcela carnal é muito menor do que a ponta de uma
enorme montanha de gelo solta no oceano.
Jesus não teve nenhum
medo de morrer, que justificasse a incomensurável angústia suprema
que sentiu. Houve ali, muito mais do que as nossas pequenas mentes
humanas pudessem, até então, ter captado e compreendido.
As oração, as
lágrimas e o suor de sangue de Jesus eram por nós, mais uma vez,
por interseção em nosso favor. Foi pelas reais chance de cada alma
humana via a alcançar a salvação, por meio do pacto que Ele e o
Pai, por fim, iriam consumar em poucas horas, a partir daquele
cenário, que o angustiado Jesus orou, chorou e suou sangue.
Foi por tudo o que nós
ainda teríamos que sofrer em nossa jornada histórica e pela dor de
saber que nem todos os seres humanos alcançariam a desejada
salvação, conforme era o desejo do Pai. Parece fácil, não é
cristão? Tão somente creia e serás salvo! Mas não tem sido assim,
fácil, e por fim, “se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém
se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles
dias”. Mt 24:22
Estamos pregando o
evangelho a quase 2000 anos e eu pergunto: A quantas andam as nossas
contas dos que são salvos? Daqueles nascidos de mulher que estão
vivos na terra, quantos estariam salvos hoje? Na Brasil cristão, que
amanhece a cada dia vendo o desfilar de crimes e mais crimes
ocorridos, quantos estão salvos? Nas congregações, onde o cristãos
se assentam e ficam felizes pois, as pregações lhes agradam fazendo
cócegas aos seus ouvidos, quantos estão salvos?
Será que teremos mais
2000 anos para pregar o evangelho por toda a terra para toda
criatura? Haverá um tempo para recuperar o atraso, buscando, em
desespero, superar a nossa incompetência humana? Não sabemos que o
tempo para isso já se faz cumprido em um átimo e se acelera o tempo
do fim?
Jesus tinha muitíssimo
mais motivos para chorar por nós, do que por Ele próprio, amados.
Ele chorou por Israel que até os dias de hoje continua a odiar os
profetas nascidos de sua própria casa e chorou pelos homens
cristãos, tolos quais crianças recém desmamadas, que se comovem em
ver como o Mestre se angustiou temendo sua própria morte e se
alegram com o quanto as congregações lhes acenem com promessas de
bençãos e milagres materialistas.
E o sangue correu por
fora de sua pele, de modo antecipado pois, Ele entendeu que ali já
se selava o fato de que nos últimos dias sobreviriam tempos penosos;
pois os homens seriam amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios,
sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de
piedade, mas negando-lhe o poder.
Vede se algo no cenário
acima lhe parece familiar? Se sim, então, afasta-te também desses e
saiba que a imensa tristeza de Jesus naquela hora, foi porque deste
número seriam aqueles que, nos dias de hoje, se introduziriam pelas
casas, e levariam cativas mulheres néscias carregadas de pecados,
levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca
podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade.
Por tudo isso Jesus
orou, pois, quem sabe haveria outro meio menos penoso para nós
humanos, atingirmos a salvação, sem ter que passar por tantas
desgraças. Jesus transpirou seu sangue precioso em oração … mas
outra forma consumar o pacto não foi possível! Ele teria mesmo que
sofrer o seu martírio e, quanto a nós, ficaríamos condicionados a
nossa própria dependência de crer ou de não crer, de se ligar ou
de não se ligar, de seguir ou de não seguir, de permanecer ou de
não permanecer, de perseverar até o fim ou de não perseverar até
o fim. De sermos salvos ou não, conforme o nosso próprio desejo.
Foi por isso que Jesus
se entristeceu até a morte, se angustiou de maneira suprema, orou
mesmo em pranto, vertendo sangue. Por que é que Ele temeria a a
própria morte? Nem mesmo Tiradentes, que morreu sem a certeza da
salvação, temeu a sua própria morte. Se dez vidas eu tivesse –
disse Tiradentes – todas eu daria, a fim tornar independente, o
Brasil de Portugal. Mas Jesus foi a única vida possível de ser
dada, em resgate pela humanidade toda e, mesmo assim, tão poucos
desejam ser salvos.
De fato, tudo indica
que há a chance de bem poucos humanos se salvarem. Talvez algo em
torno de uns seis milhões, no meio de uns seis bilhões, ou seja,
0,1% dos humanos se salvariam. São altas as chances de que a grande
maioria se perca e, ainda há a certeza, de que todos os que querem
viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições. Que Deus se
alegraria com isso? Deveras, nenhum! Antes se angustia, sofre de
angústia suprema!
Mas os homens maus e
impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados e, eu,
porém, permanecerei naquilo que aprendi, e de que fui inteirado,
sabendo de quem o tive aprendido, e que desde a infância sabia as
sagradas letras, que podem fazer-me sábio para a salvação, pela
que há em Cristo Jesus.
Toda Escritura é
divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus
seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. Estando
cada qual de nós firmemente pegados a videira, aquietemo nos e
vejamos o que o Senhor fará!
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