As vinhas em que se
produzem os melhores vinhos estão sujeitas a manejos de cultivo que,
em grande parte, não diferem muito daqueles que se praticam em
outros tipos de culturas, nas várias regiões de produção
fruticultura. Estes manejos são:
- A Enxertia;
- A Poda;
- A Empa;
- A Rega.
A enxertia é um método
muito curioso de propagação vegetativa de plantas, sendo muito
utilizada, de maneira geral na produção de mudas de frutíferas,
para a fruticultura.
A técnica consiste
basicamente em juntar os tecidos de uma planta aos tecidos de outra
planta, que geralmente é da mesma espécie, passando a formar uma
planta com as duas partes: o enxerto (copa, base) e o porta-enxerto
(cavalo, topo).
Para quê enxertar?
Quais as vantagens?
Há motivos para
fazermos a enxertia e não é por mera curiosidade. Há um propósito
maior, que é o de juntar as melhores características de duas
plantas em uma só!
Os principais motivos
do uso da enxertia são as doenças de plantas presentes na
agricultura, que inevitavelmente tem atacado os pomares em todo o
mundo. Certas copas produzem bons frutos em quantidade e qualidade
porém, suas raízes morrem prematuramente com o ataque de certas
doenças.
A enxertia é uma
operação que se pratica nas vinhas plantadas com pés de videira
resistentes à filoxera. Esta operação, que permitiu salvar a
vitivinicultura europeia em finais do século XIX, e consiste em
juntar a um pé de videira devidamente enraizado material vegetativo
de uma casta à escolha.
A partir de 1870, a
filoxera constituiu-se como a praga mais devastadora da viticultura
mundial, alterando profundamente a distribuição geográfica da
produção vinícola e provocando uma crise global na produção e
comércio dos vinhos que duraria quase meio século.
O vocábulo filoxera é
usado indistintamente, tanto para designar o minúsculo inseto, quanto a
doença dos vinhedos que é causada pela infestação com ele. De
origem norte-americana, a filoxera está hoje presente em todos os
continentes, sendo um dos exemplos mais marcantes do efeito humano
sobre a dispersão das espécies, já que, em poucas décadas, esta
espécie evoluiu de um habitat localizado para uma distribuição
global, com uma rapidez que, ainda hoje, não deixa de surpreender.
Enxertando a copa (ou
bacelo), em uma base (ou casta) resistente, temos como resultado uma
planta produtiva e resistente, minimizando, ou mesmo eliminando os
danos causados por doenças de plantas, problemas de adaptação das
raízes a condições climáticas e de solo, além de muitas outras
possíveis aplicações. A isto chamamos fitossanidade.
A escolha do bacelo tem
de atender a dois factores:
- à natureza do solo onde vai ser plantado;
- às características da casta na qual vai ser enxertada.
O método de enxertia
mais comum é o do garfo simples. Durante o período de repouso
vegetativo, inicialmente, faz-se uma limpeza em torno do
porta-enxerto para facilitar a operação de enxertia, em seguida,
corta-se o tronco da videira eliminando-se a copa a uma altura de 10
cm a 15 cm acima do solo, ficando, assim, um pequeno caule ou cepa.
Abre-se, então, com o
emprego de uma navalha de lâmina limpa, uma ou duas fendas,
consoante o diâmetro do bacelo, de 2 cm a 4 cm de profundidade, na
qual será introduzido o garfo da videira que se deseja enxertar.
Para o preparo do garfo
(enxerto), toma-se uma parte do ramo (bacelo) com dois ou três
gomos, de preferência com diâmetro igual ao do porta-enxerto. Com
canivete bem afiado são realizados cortes rápidos e firmes em ambos
os lados, de maneira que o garfo fique em forma de cunha. O
comprimento da cunha deverá ser semelhante ao da profundidade da
fenda feita no porta-enxerto.
Uma vez preparado o
garfo, o enxerto deve ser feito imediatamente, bem encaixado, com as
superfícies da fenda e da cunha em contato e então o enxerto é
amarrado com ráfia para dar firmeza e coberto com fita para evitar
que água ou terra penetre no enxerto.
Para favorecer a
soldadura, logo após a enxertia, deve-se cobrir totalmente o enxerto
com terra solta, areia ou serragem úmida, não em excesso, para não
causar a compactação quando secar. Quando a muda é preparada no
local definitivo, crava-se uma estaca ou taquara (tutor) junto ao
enxerto, de modo a conduzi-lo até o arame do sistema de sustentação.
Após a pega da
enxertia, deve-se acompanhar o desenvolvimento da muda, tomando-se os seguintes cuidados:
- Mantendo os brotos do enxerto e eliminando-se os brotos que se originam do porta-enxerto;
- Eliminando emissão de raízes a partir do garfo (enxerto), tais raízes devem ser cortadas;
- Aliviando estrangulamento na região da enxertia, removendo a fita plástica se necessário e protegendo novamente em seguida, inclusive repondo a cobertura com terra;
Até que se inicie o
amadurecimento do ramo. A partir deste estágio, pode-se eliminar a
proteção do enxerto e soltar a fita plástica.
Todavia, a principal
limitação da enxertia é a sua dificuldade de operação pois é
necessária mão de obra qualificada para tal. Seu grau de
dificuldade varia de espécie para espécie e o percentual de
pegamento (sucesso de sobrevivência) costuma ser muito baixo em
algumas espécies, principalmente quando a enxertia não é realizada
com perícia nos cortes e os devidos cuidados de acompanhamento.
Muito treinamento é necessários para alguém fazer a enxertia de
modo competente, o que torna a mão de obra cara.
A Videira e Seus
Frutos:
Uma vez que as uvas
eram cultura de subsistência na região da Israel antiga, não causa
surpresa que o Senhor usasse frequentemente a videira como um símbolo
alegórico de seu povo (veja Salmo 80:8-16; Jeremias 5:10; 6:9;
Ezequiel 15:1-8; 19:10-14).
As imagens da videira
simbolizavam o fracasso de Israel em cumprir as expectativas do
Senhor (Oséias 10:1-2). Suas uvas eram selvagens e sem valor, apesar
do cuidado do Senhor com sua vinha (Isaías 5:1-7; veja também
Jeremias 2:21).
Então, pelo fracasso de
Israel a humanidade toda fracassou. Porém, ainda não havia sido nos
dado Jesus, a verdadeira videira, cumprindo o chamado e o destino
para o Messias Salvador do povo de Deus (João 15:1). De modo que, hoje, todos temos que
ser ramos da videira verdadeira, preparada exclusivamente para nos
suportar e como tal temos que nos permitir ser enxertados a ela e
aceitar as diversas responsabilidades importantes que derivam deste compromisso (veja João 15:1-17), a fim de nos mantermos ligados a ela e dando frutos.
A produção de fruto é
a principal responsabilidade da videira, por isso, Jesus assumiu a posição de exortar a nós, os seus ramos, a produzirem muito fruto a deixar a produção desses frutos
permanecer em funcionamento. Jesus foi diligente em nos advertir ainda que, para o bom manejo da vinha, os ramos infrutíferos teriam que ser removidos.
Se nós somos os ramos,
como eu posso produzir bons frutos, para não tornar a videira
improdutiva? Que fruto espera-se que o ramo cristão produza?
Como colaboradores e beneficiários do
projeto de Jesus, é importante e necessário, antes de tudo,
entrarmos e estarmos continuamente em comunhão, em união com Ele, buscando o
Reino de Deus e a sua Justiça, tenhamos certeza que do resto o Pai
cuidará, Ele nos limpará, fará tudo para continuemos produzindo,
cada vez mais, e melhores frutos.
Nós precisamos,
também, ser podados por Deus de vez em quando. Essa poda pode ser
dolorida, mas é necessária, para continuarmos crescendo em pureza,
em espírito, e devemos aceitá-la com humildade, permanecendo sempre
achegados a Ele, glorificando-O e dando os frutos necessários para
o Reino.
E Jesus nos adverte,
quanto à possibilidade de nos afastarmos da videira. O que acontece quando nos
distanciamos Dele? Deixamos de produzir frutos, secamos e Deus não
contará mais com a nossa colaboração em seu projeto de salvação.
E como ramos secos, seremos, inevitavelmente, para o bem de toda a vinha, cortados.
Estar em comunhão com
Jesus, dá sentido a nossa vida, pois sem ele nada poderemos fazer.
Jesus deixa muito clara, como o Pai está unido a Ele, e nós a
Jesus. Enquanto estivermos ligados a Jesus, ao tronco, recebemos por meio dEle
a seiva que vem do Pai, e temos vida, temos amor. Ao nos desligarmos
dele, nos distanciamos de Jesus e do amor do Pai, em consequência a
vida perde o sentido e, assim como a doença da filoxera entra e mata a planta da videira natural, nós também, nos tornamos vítimas da praga do pecado, secamos e morremos.
Jesus também alertou:
"Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer;
e eu o ressuscitarei no último dia". João 6:44. Por isso vale
a oração:
“Espírito Santo de
Jeová Deus, une-me cada vez mais profundamente a Jesus, seu filho tornado videira da humanidade, para que eu
possa, assim, ter vida e produzir os frutos que o Pai espera de mim. Como sempre, isso eu te peço no nome de Jesus. Amém!"
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