terça-feira, 29 de maio de 2012

James Clerk Maxwell e a Proposição Cristã


Dois grandes cientistas britânicos dominam, simultaneamente, a paisagem intelectual da ciência elétrica, e de fato, de toda a física, no século XIX. Foram eles Michael Faraday e James Clerk Maxwell. Algo que é muito intrigante sobre estes dois grandes homens, é o fato de quão patente fica a todos nós os grandes contrastes entre suas personalidades:

  • Faraday era Inglês; Maxwell escocês;
  • Faraday era filho de um ferreiro pobre, o pai de Maxwell havia herdado uma propriedade substancial e dificilmente lhe seria necessário praticar a advocacia, na qual ele havia se formado;
  • Faraday não teve educação formal; Maxwell teve a melhor educação disponível;
  • Faraday nunca ocupou uma posição específica em nenhuma universidade; Maxwell realizada cátedras em ao menos três das principais universidades britânicas;
  • Faraday foi um dos palestrantes científicos mais populares de sua época; Maxwell ganhou uma má reputação em salas de aula;
  • Faraday, praticamente, não sabia matemática formal, Maxwell foi um dos melhores matemáticos do seu tempo;
  • Faraday  realizou pesquisas no domínio dos experimentos eletromagnéticos,  Maxwell  teorizou  completamente o eletromagnetismo.
Os contrastes entre estes homens poderiam ser multiplicados ainda mais. No entanto, eles tiveram uma experiência em comum. Ambos viveram comprometidos como cristãos. É o objetivo deste breve estudo é delinear a forma como a fé de James Clerk Maxwell e sua ciência foram combinados e como eles podem ter se influenciado um ao outro.

... in construction


Traduzido do original de Ian Hutchinson
MIT IAP Seminar: The Faith of Great Scientists, Jan 1998, 2006
em http://silas.psfc.mit.edu/Maxwell/




terça-feira, 22 de maio de 2012

Michael Faraday, um cientista cristão


Michael Faraday (1791-1867) foi um químico e físico inglês, sendo considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Faraday foi principalmente um experimentalista, e de fato, ele foi descrito como o "melhor experimentalista na história da ciência", embora não conhecesse matemática avançada (pois nunca tinha cursado uma universidade).

Aos 13 anos, Faraday havia aprendido somente o necessário para ler, escrever e um pouco de matemática, mas já trabalhava ajudando no transporte do material e nas encadernações em uma livraria, de propriedade de um francês chamado G. Riebau. Esse trabalho lhe proporcionou um amplo contato com livros e despertou sua curiosidade e interesse pelas ciências. Ele lia todos os livros que lhe permitiam e tal dedicação chamou a atenção até mesmo de clientes da livraria.

Apesar de iniciar seus trabalhos de investigação científica essencialmente no campo da química, após a experiencia de construção de uma pilha voltaica, com a quaisquer que fossem os outros assuntos que atraíssem sua atenção de tempos em tempos, foi entre os fenômenos elétricos que ele escolheu os problemas a que dedicou todo o vigor de sua mente, e foi para estes que voltou sistematicamente os olhos, mesmo quando suas tentativas de resolvê-los fracassavam, ano após ano.

Suas descobertas em eletromagnetismo deixaram a base para os trabalhos de engenharia no fim do século XIX, levados a cabo por outros cientistas como Edison, Siemens, Tesla e Westinghouse, que tornaram possível a eletrificação das sociedades industrializadas, e seus trabalhos em eletroquímica são ainda hoje amplamente usados em química industrial.

Esse grande cientista britânico, ao que tudo indica, foi também um cristão sincero e fervoroso. Frequentava a congregação cristã desde criança e aos trinta anos, tornou pública sua profissão de fé e, durante dois períodos diferentes, exerceu o cargo de presbítero.

Achava mais importante assistir aos cultos de sua congregação do que assistir a qualquer outro tipo de reunião. Em uma dessas "outras" reuniões, ele manteve o auditório boquiaberto com a demonstração das propriedades dos eletroímãs. Encerrou sua palestra com uma experiência tão inédita, fascinante e impressionante, que por algum tempo o salão reverberou com entusiásticos aplausos.

Quando as palmas diminuíram, o Príncipe de Gales se pôs em pé e propôs um brinde a Faraday, mas o grande homem já não estava mais ali para recebê-lo. Finalmente, um dos assistentes de Faraday levantou-se e explicou que o físico havia saído para um culto de oração numa pequena igreja (uma congregação que não contava com mais de 20 membros), onde Faraday era ancião.

Eu creio, sinceramente, que Faraday jamais teria chegado onde chegou, recebendo aos 21 anos de idade um chamado inusitado para trabalhar como assistente de laboratório da Royal Institution, passando ao cargo de diretor deste mesmo laboratório em poucos anos e posteriormente membro da Royal Society, sem ter curso superior formal e,. vindo, por fim, a recusar a presidência desta instituição, um dos cargos mais cobiçados por todos os cientistas do mundo, se ele não fosse um verdadeiro protegido de Deus.

A vasta contribuição que deixou à ciência e a forma com a qual buscou o conhecimento da natureza, através de um trabalho experimental marcado pelo incessante aperfeiçoamento dos instrumentos, pela necessidade de partilhar com outros seus conhecimentos, por sua dedicação a  ministrar aos mais jovens, pela amabilidade no tratamento com os colegas, revelam a correção de caráter pela qual ele é, até hoje, reconhecido.

Referindo-se a Jesus, Faraday, certa vez, disse a jornalistas durante entrevista: “Eu confio em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque ele vive eu também viverei”. O testemunho de Faraday ilustra como a "Aposta de Pascal" já em vida pode resultar em certeza, a certeza inabalável da fé. Mas sobre a aposta de Pascal (Blaise Pascal), vocês terão que pesquisar em outros rincões!

Paz e serenidade a todos!

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"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado.
Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.
João 15:1-8

Estar na igreja de Cristo é algo que cada um de nós deseja. Estar na igreja de Cristo é estar como o ramo que permanece ligado a videira. A igreja é a videira com seus ramos, em conjunto, dando frutos. Isso glorifica a Deus.

Estarmos ligados a Cristo é a única forma de pertencermos a Deus, o agricultor, dono da videira. Todavia precisamos dar frutos e sabemos que há uma diversidade deles e, sabemos ainda que o mais importante deles é o amor e que o amor flui a partir de Deus, que abastece a videira e a videira os ramos. A videira se abastece pela raiz e isso os ramos não podem ver claramente, pois estão na extremidade oposta do arranjo, mas podem sentir que lhes chega abastecimento de amor,  vindo através videira.

Obviamente que nós amamos a videira que nos abastece e amamos também a fonte do abastecimento e do cuidado com a videira que é o agricultor, dono da videira.

Todavia algo é muito preocupante: sendo abastecido, o ramo tem que dar frutos, ou, caso contrário, será removido.

Eu mesmo não conheço o mecanismo de uma videira natural para explicar que, pelo fruto que um ramo dê, ele esteja, de alguma forma, apoiando outro ramo a dar fruto também, mas entendo que isso é na pratica o fruto que devemos dar.

Mas  na videira que é Cristo, o milagre que acontece é justamente esse: o de um ramo, ao dar fruto, estimula outros ramos a darem fruto também. Isto é o amor entre os ramos, que é requerido pela videira e, que é requerido pelo agricultor, dos ramos que somos nós.

A Palavra do Senhor da videira nos exorta: ""E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros" (Hb 10.24-25).

E vai além: "Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. João 15:9-13

Eu creio que eu já abri a porta para aquele que nela batia e, creio ainda que me tornei um ramo ligado a videira, todavia, eu bem sei o quanto ainda tenho que desenvolver, sim, eu creio, que um ramo se desenvolva, se modifique paulatinamente mesmo, para poder suportar o peso do fruto desenvolvido e que não é pouco, a saber, manifestar o fruto do amor incondicional. Um amor de dar as vida! (Como assim, Jesus? Me ensina isso!)

Não me seria pesado amar outros ramos, que são, de fato, meus amigos e, obviamente eu os quero bem. Mas o que eu preciso aprender é como, exatamente, o meu fruto pode ajudar, verdadeiramente, o meu próximo. Não consigo ser hipócrita e negar que, não foi apenas uma vez nesta vida, que eu vi, alguém atrapalhar outro alguém, na mais boa intensão de tentar ajudar e, eu bem sei que, em certas ocasiões, eu mesmo agi assim.

Pedra de tropeço, é o que eu me torno, se tentar agir com a força do meu próprio braço. O que devo fazer fazer, então, meu Senhor?

Para um homem mortal e ignorante como eu, enquanto não se manifesta em mim algo de maior poder da parte da videira, penso que já seria de bom alvitre, obedecer as leis. E a videira me diz: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas". É assim, meio sem graça, mas é a lei. E me é ordenado. Então que assim seja!

Eu preciso amar, também, verdadeiramente, aquele que pensa (ou que eu penso) ser o meu inimigo, mas isso é outro passo e, tudo que sei, é que nada disso me é possível realizar por mim mesmo. Então devo me satisfazer em manter-me ligado a videira, deixar o Espírito me guiar a dar um passo de cada vez ... e ponto!

Graça e paz a todos!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Amor Suporta Sofrimento, Todavia, Não O Causa! Então não Aceite Sofrer Por Amor Romântico!


O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7

O amor é sofredor ... MAS O AMOR NÃO CAUSA SOFRIMENTO! Nenhum tipo de amor pode CAUSAR SOFRIMENTO.

Sendo mesmo verdadeiro, O AMOR, sempre TEM LIMITES

Existem alguns tipos distintos de amor e, em sua essência, são todos "amores incondicionais", com exceção de um pequeno detalhe: o amor romântico, o amor de uma relação conjugal, é o único tipo de amor que REQUER, NECESSARIAMENTE, uma via de mão dupla para poder existir!!! Isso é fato!! Caso contrário, ou ele se torna como um amor fraterno (amor entre irmãos) ou acaba por se tornar como algo destrutivo, uma aberração desnaturada que nada tem com relação ao amor!

Portanto, ficai atento e se perguntai: Você coloca TODAS suas expectativas de vida em relacionamentos amorosos? Você tem a perspectiva que o amor romântico é a sua realização mais importante?

Existem pessoas que ao longo da vida acabam se envolvendo com os mais variados tipos de pessoas, simplesmente porque não conseguem viver sozinhas.

O que não imaginam é que, geralmente, esses relacionamentos, baseados na carência excessiva de uma das partes, podem ser extremamente destrutivos.

Na vida de todas as pessoas nada mais é importante que o amor, que é a base de tudo e de todos, pois, quando amamos algo ou alguém, obtemos algo precioso: mantemos o nosso equilíbrio emocional.

O amor é a primeira e a segunda coisa mais importante para Deus, pois está no âmago de dois dos Seus mais importantes mandamentos. Contudo, tem sido exatamente o amor um dos sentimentos mais negados ao próximo na sociedade atual.

Por que isso acontece? Não é por falta de capacidade de se sentir amor mas, sim, por falta de conhecimento a respeito. Mas, quais são os conhecimentos necessários para aprender a amar melhor? Comece, então colocando algumas coisas no seu devido lugar: Não é o amor que sustenta um relacionamento, mas sim, o modo de se relacionar que permite a permanência do amor!

Eu mesmo tenho buscado seguir os seguintes passos de aprendizagem:
  • A amar me (amar a mim próprio), incondicionalmente, independente da minha relação com qualquer outro ser, exceto a Deus, a quem devemos amar acima de tudo. É só assim sendo, que eu poderei amar sem restrições quem me cerca;
  • A parar de fazer coisas as quais eu não gosto, feitas só para agradar a pessoas. Em geral as pessoas não apreciam nem valorizam sacrifícios feitos por elas, algumas chegam mesmo a temer que isso as torne endividadas; As pessoas que nos amam gostam que compartilhar conosco das coisas que fazemos naturalmente. A isso chama-se afinidade.
  • Apesar de todas as circunstâncias desfavoráveis existentes, nunca deixar de acreditar no amor. Acreditar, sempre, nas várias diferentes formas de amor ao próximo, pois nós, seres humanos, não fomos feitos para a solidão;
  • Que o amor, e suas formas, é, sempre, muito acima das paixões, um sentimento de cooperação. Onde não há cooperação e cumplicidade, de alguma forma, não há amor. Nem mesmo a piedade mais pura conseguirá sobrevive para sempre, sem que se desenvolva algum fruto que cause satisfação a alma humana;
  • Ter desapego o bastante para não prosseguir alimentando relações que só trazem sofrimento. Se após algum tempo uma relação parecer não funcionar com cooperação e cumplicidade, e, não trouxer apenas benefícios as partes benefícios, desapegue-se dela sem constrangimentos, antes de assumir comprometimentos maiores.
Uma verdade que poucas pessoas são capazes de enxergar é a de que ninguém nos engana nesta vida, nós é que nos permitimos ser enganados de modo que, somos nós mesmos que nos enganamos.

Se alguém pensa amar o seu companheiro mais que si próprio, pode parecer um sentimento muito nobre, mas pode significar também, falta de auto estima. Quando alguém passa a afirmar que ama o outro mais que  si mesmo, pode parecer altruísmo, mas em geral não o é pois, é característica do altruísta não ficar contando vantagem da medida do eu amor. Esta  pode, simplesmente, ser um firmação dita por dizer, por alguém que, de fato, simula afeição. Todavia, se alguém pensa estar, realmente, amando alguém mais do que si próprio, em um relacionamento romântico, pode estar, na verdade, num situação de fragilidade psico-emocional. 

Infelizmente, é bastante comum nós criamos expectativas irreais quanto às pessoas e quanto aos relacionamentos e passamos a viver como que dependentes dessas expectativas criadas. Com isso nos colocamos em uma situação de nos decepcionarmos, facilmente, quando elas não correspondem ao que desejamos.

Tais decepções podem acabar nos ocorrendo com grande frequência, o que, normalmente, nos leva ainda a outros transtornos mais, pois, as pessoas entre nós, que em geral vivem calcadas nas expectativas criadas sobre as atitudes do outro, ou mesmo sobre os relacionamentos em si, são as mesmas pessoas que, de modo geral, tem maior dificuldades em lidar com as frustrações quando elas fatalmente ocorrem.

Deste modo, amar ao outro, sem amar tão igualmente a mim próprio, seria uma postura de falta de sabedoria que estaria, continuamente, pondo a prova a minha resiliência. Além do mais, é necessário que eu aprenda a ver as pessoas como elas são, e a aceitá-las e respeitá-las dessa maneira e não esperar que o meu relacionamento com elas possam ter o poder de transformá-las, pois é tão somente Deus que tem esse poder.

Quanto mais cedo eu descartar um relacionamento que não me é conveniente, menos eu sofrerei ou mesmo menos farei o outro sofrer, e, mais cedo me colocarei em condições de avaliar outras possíveis opções de relacionamentos. Eu só posso modificar a mim mesmo, ao outro eu só posso amar, amar de uma forma, ou de outra.

Entre seres humanos, seja em que contexto for, jamais existirá relacionamentos perfeitos e, também, ninguém conseguirá, nunca, de modo algum, ser totalmente desapegado em tudo. Assim, todo e qualquer relacionamento entre seres humanas sempre trará para as partes, algumas eventuais decepções. É por isso que é preciso desenvolver paciência e resiliência, e ter consciência de que é muito pouco provável que um amor romântico subsista, longe do amor de Deus.

Todavia, alguns relacionamentos são mesmo inconvenientes e estes podem ser evitados ou mesmo descartados, antes de um comprometimento maior. Simplesmente deixar rolar e acreditar que com o tempo as coisas mudarão, em geral, acaba custando ainda mais caro que uma ruptura precoce.

Criar expectativas irreais é o motivo por que muitos falham redondamente na realização amorosa.
O amor, que é a base de tudo e de todos pois, quando amamos algo ou alguém mantemos o equilíbrio interior.

“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12.29-31).

Não existem mandamentos superiores a estes. Desta feita, o amor é a primeira e a segunda coisa mais importante para Deus, pois está no âmago de dois dos Seus mais importantes mandamentos. Deus é o criador, também, da forma de relacionamento do amor romântico:

“Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gênesis 2:18).

Não seja tolo, ame-se, seja mais amoroso consigo mesmo, não se violente fazendo o que não gosta. Permita-se dizer não e permita-se cogitar que, sob certas circunstâncias, isso possa ser necessário!

O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar na mesma equipe, ou então é melhor nem começar jogo algum. Não permaneça junto de quem não o mereça. Alimentar relações que só trazem sofrimento é masoquismo: pratique o desapego e afaste-se, se necessário, e não permita, de modo algum, ver o seu amor transformado em rancor ou ódio.

Em amor romântico, aceite o seu próprio ritmo do amor e saiba que o seu parceiro tem também o dele próprio. Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão, de modo que, variações de humor, em maior ou menor grau, são inerentes a todos os seres. Cobrar de si e do outro, viver sempre nas nuvens é apenas o início de muitas situações frustrantes e perturbações.

Para evitar que o relacionamento se torne destrutivo, o ideal é buscar uma certa independência, ter autonomia sobre sua vida para fazer suas próprias escolhas. Desta forma, a pessoa terá capacidade de escolher relações em que possa ter trocas mais maduras, com pessoas dispostas e prontas para dar e receber, para que ambos ganhem com a relação.

É necessário e imprescindível que ambos tenham amizades, que se dediquem-se aos estudos ou a um trabalho no qual sintam prazer e realização, que cuidem do corpo e da mente, que busquem o autoconhecimento, independente do parceiro fazê-lo também ou não.

Convém, ainda, que o casal tenha convívio social enquanto casal, e que convivam com outros casais para que possam melhor compreender a dinâmica das outras relações e se espelhar também nelas, pois aprendemos muito com essa troca de experiências. Todavia, convém que o casal escolha círculos sociais que lhes interessem a ambos e possam, principalmente, trazer influencias realmente positivas.

A estrema carência afetiva, hoje, pode ser considerada como uma forma de distúrbio comportamental contemporâneo, mais um mal do século XXI, que afeta um número considerável de pessoas, tanto homens quanto mulheres. As pessoas sentem e agem em função deste sentimento distorcido, muito provavelmente, por já terem vivenciado experiências emocionais que não foram atendidas.

Não podemos buscar no outro aquilo que não conseguimos encontrar em nós mesmos, ou seja, devemos, antes, buscar colocar dentro de nós o que nos falta, para que a pessoa passe a se conhecer melhor e a lidar melhor com os próprios sentimentos, propiciando lhe vivenciar, depois, relações mais satisfatórias e prazerosas, que agreguem bons sentimentos e bem estar.

Compreender e aceitar essas coisas, de modo algum significa aceitar o fim do amor romântico, ou mesmo acreditar que o amor romântico é (ou se tornou) um mito, como alguns querem pregoar mas, antes, é resgatá-lo, dentro de um contexto com a base do equilíbrio da sabedoria da palavra de Deus. Com tal equilíbrio, um relacionamento romântico pode durar, não apenas para está vida, neste mundo, como até mesmo, eternamente, se Deus assim o permitir.

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba…” I Coríntios 13:4-8


sábado, 5 de maio de 2012

Muçulmanos e Cristãos falam a mesma língua?

Introdução:

Este artigo é, na verdade, de autoria de J.M. (ver nota no final) e a tradução de Wesley Nazeazeno. Todavia, eu mesmo não haveria de compilar aqui se eu não cresce na importância de se considerar isso em nosso tempo. Sinto mesmo que Deus pede para mim avisar a todos, que cristãos e muçulmanos DEVEM pensar menos em suas diferenças e em suas picuinha e DEVEM começar a focar mais, naquilo que Deus lhes proveu de comum pois, ambos são, por caminhos distintos, herdeiros incontestáveis da fé comum de Abraão.

Além do mais, o mundo descrente nos observa e o próprio inimigo de Deus e de nossas almas também nos observa e nos julga, condenado-nos mesmo, o tempo todo, diante de Deus e dos homens, pelos nossos próprios procederes mal pensados, no que diz respeito as nossas relações uns para com os outros, de modo que o mundo não tem visto em nosso relacionamento, de uma maneira geral, coisa que derive daquilo que somos devedores uns dos outros: do genuíno amor que flui de Deus.

Portanto, temos muito que fazer juntos, basta boa vontade de olhar para as coisas comuns da nossa fé e sabedoria para aceitar e usar as diversidades como fortaleza! Podemos ter ações em comum, que resultem para a glória do nosso mesmo e único Deus! Deixarmos de brigas tolas, nestes tempos do fim, e nos voltarmos contra o verdadeiro inimigo de Deus e das almas humanas! Entendermos as nossas diferenças e semelhanças pode nos ajudar a uma união consciente. 

A tradução de Wesley Nazareno do texto de J.M. começa aqui:

Quando ouvi isto pela primeira vez, fiquei um pouco surpreso. Meu amigo, Blama (uma variação do oeste africano para Ibrahima) abaixou suas mãos e sua cabeça. Estendeu ambos os dedos indicadores, segurou-os firmemente um ao outro e declarou, “os muçulmanos e cristãos são como isto. Sem diferença”.  Até ali, eu havia estado tentando convencê-lo de que as duas religiões são muito diferentes, e agora ela estava me dizendo que nós éramos iguais. Eu estava fazendo meu melhor para apontar dissimilaridades entre nossas Escrituras, nosso Deus, nossos profetas e como nós devemos viver. Aparentemente, Blama viu coisas diferentes de mim.

O propósito deste artigo é explorar diferenças entre o islamismo e o cristianismo, mas usando como base e premissa que palavras usadas por ambos, não são as mesmas. Por isso espero que à palavra final, o leitor começará a compreender a tremenda complexidade das palavras de ambas as religiões e que o leitor, alegremente, não usará palavras que não comunicam a verdade do evangelho de ‘Isa Al-Masih (Jesus, o Messias).

Palavras têm significados:

Esta premissa é muito simples. Palavras têm significados. As palavras escritas para a leitura do leitor nada mais são que veículos para o significado. Os símbolos físicos de ‘d’, ‘e’, ‘u’ e ‘s’, quando combinados adequadamente, produzem representações visuais significantes.

Tenho certeza de que todos nós concordamos que palavras têm significados. Quando usamos uma palavra, nós o fazemos porque concordamos entre nós de que ela tem um sentido específico. Por exemplo, se alguém quer comunicar “prato”, a palavra “frívolo” não é usada. Semelhantemente, se alguém deseja comunicar uma idéia mais transcendente, como a esperança que alguém teria pelo sucesso da comunicação, ninguém empregaria esta frase: “Eu realmente gosto de seu vestido, Franciele!”

Para complicar tal simples noção, entretanto, podemos adicionar à confusão o assunto da comparação entre as religiões. Todas as religiões não falam sobre Deus, pecado, o bem e o mal? Porque um muçulmano e um cristão usam as mesmas palavras, devemos entender a mesma coisa, certo? Afinal, tanto um como o outro crê que Deus é um, o criador, onipotente, onisciente, onipresente e totalmente diferente de qualquer outro ser. Ambos crêem que os homens pecam, que o pecado é mal porque é um ato de rebeldia contra Deus. Então, qual é o problema?

Deixe-me ilustrar através de uma analogia um pouco “crua”. Parado à frente da entrada de sua casa estão um Ford e um Fiat. Deixe-me fazer uma lista de semelhanças entre os dois:
  • Ambos são automóveis usados para transporte;
  • Ambas palavras começam com “F” e têm quatro letras;
  • Ambos usam produtos derivados do petróleo;
  • Ambos podem ter a mesma cor.
Se nós simplesmente empregarmos semelhanças entre os objetos, poderíamos corretamente dizer que aparentemente o Ford e o Fiat são idênticos. Talvez focaríamos na característica básica dos dois: eles são automóveis, cujo propósito é o transporte. Certamente, estão estas semelhanças dominando nossa compreensão do Ford e do Fiat? Não são apenas similares de modos importantes, mas também são categoricamente falando iguais! Eles são automóveis. Com certeza um vendedor da Ford pode dizê-lo que um Fiat não é um automóvel, mas quem pode confiar num vendedor de carros?!

Mas a questão continua: Um Ford é o mesmo que ou tão somente similar ao Fiat? Há diferenças entre eles?
  • Um é de fabricação estadunidense, o outro italiano;
  • Um pode ser automático, o outro pode ter marcha manual;
  • Um pode ser novo, o outro velho;
  • Um pode ter quatro portas, o outro apenas duas.
Semelhança e Similaridade:

Baseado nestas observações, o Ford é similar ou equivalente ao Fiat? Se alguém fazer uso apenas da primeira lista, aquela lista de comparações, os dois carros podem muito bem ser tidos como equivalentes (o mesmo). Por outro lado, se a segunda lista, a de características contrastantes, for usada em adição à primeira, a única possível conclusão é que os dois carros são simplesmente similares. Isto é, eles compartilham de similaridades e coisas em comum, mas eles não são o mesmo ou equivalentes.

Para maior clareza, deixe-nos distinguir entre a idéia de “semelhança” e “similaridade”. Primeiro, deixe-me oferecer esta definição específica para semelhança: quaisquer dois itens, pessoas ou idéias são equivalentes em cada característica e atributos. Filosoficamente, estamos falando da identidade estrita. Uma hipótese essencial que alimenta nossa noção de semelhança é que “mudanças” existem. Semelhança não permite qualquer mudança ou alteração. Em propósito desta discussão, Muçulmanos e Cristãos concordam que algumas coisinhas mudam. De fato, podemos concordar que Deus é o único Ser que não é sujeito a mudança. Porém, isto se refere às Suas características e atributos, mas não ao nosso entendimento de Deus. Mais sobre isto depois.

Similaridade não é semelhança. Similaridade é um conceito flexível, oscilante, maleável. Semelhança é firme, inquebrável, absoluto. Duas coisas, pessoas ou idéias podem compartilhar qualquer número de similaridades. O fato de serem parceiros em similaridade, por definição, não os fazem o mesmo. Semelhança e similaridade são conceitos mutuamente exclusivos.

O Ford e o Fiat são similares. As similaridades deles são um fato que provam que eles não podem ser o mesmo. Se o Ford e o Fiat fossem realmente o mesmo exato carro (porém talvez chamados por nomes diferentes pelas pessoas), nós não poderíamos dizer que são similares. Me recordo de meus próprios filhos e suas dificuldades na língua inglesa. Muitas vezes, um deles dirá algo como “este lugar parece uma loja”. O que por está sendo descrito realmente é uma loja. Se isto é parecido (similar a) uma loja, isto não pode ser uma loja. Isto deve ser um prédio de escritórios, uma casa, um banco ou até uma garagem, mas não pode ser uma loja. Então, eu gentilmente corrijo a frase, “isto não pode parecer uma loja se isto É uma loja”. Alguém de seis anos não entende perfeitamente o valor de “ser”.

Segundo, a definição de similar: dois ou mais itens, pessoas ou idéias as quais possuem ao menos uma característica mantida em comum. Obviamente, então, quanto maior o número de características e atributos tidos em comum, maior será a similaridade. Podem ser até infindáveis as características tidas em comum, mas, se houver uma só característica que não seja equivalente, os dois não podem ser chamados de o mesmo.

Similaridade trabalha com uma escala de contrastes e comparações. Nós podemos dizer “x” é muito mais parecido com “z” ou podemos dizer que “z” é quase o mesmo que “s”. Ambas sentenças lidam com similaridade. Semelhança é identidade. Não há escala de valores de comparação. Ambos os itens, pessoas ou idéias são iguais, equivalentes e idênticos ou não são.

Por isto pode parecer muitas vezes que Muçulmanos (e Cristãos) têm cometido este tipo de erro. Este erro é conhecido como uma falácia equivocada (equivalendo dois ou mais conceitos que não são o mesmo pensamento, que são similares). Palavras que têm sentidos similares (isto é, que compartilham de coisas em comum) são feitas para serem equivalentes. Muçulmanos dizem “carro” significando Ford, enquanto Cristãos pensam em Fiat! Muçulmanos dizem “Allá” e pensam que este é o Deus da Bíblia.

As Palavras Islâmicas têm sentido Cristão?

Aqui é pressuposto que o leitor é Cristão (mas estou certo que há Muçulmanos que também o lerão). Por esta razão, é assumido que o leitor possui um entendimento cristão acerca de Deus, seus atributos, suas características e sua revelação. Por esta razão, não tentaremos definir ou listar as características de Yahweh, mas tão somente as características e atributos de Allá serão investigadas. Deixemos o leitor decidir se as palavras significam o mesmo ou se são apenas similares. Se as palavras são similares, qual é o grau de similaridade?

Allá
  1. O caso para semelhança: Muçulmanos e Cristãos concordam que o Todo-Poderoso é Um. É concordância de que ele é o criador de todas as coisas. Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Sem listar os 99 nomes de Allá, é geralmente assegurado pelos Cristãos que boa parte destes nomes podem ser encontradas correlativamente na Bíblia. Enquanto há muito que podemos saber sobre Allá, há uma imensa mina de conhecimento que nós não sabemos. O Todo-Poderoso é totalmente diferente, ainda que é dito que deve ser mais próximo que a veia jugular dos homens (Alcorão 50:16).
    Allá revela sua vontade aos homens em um livro dado através de profetas. Ele clama por obediência à sua vontade. Ele pune o mal e galardoa o bom. Ele perdoa, mostra misericórdia e compaixão, mas também mostra sua fúria e indignação.

    Allá é auto-existente, digno de ser adorado, ouve e responde orações, sustenta o universo, livre de qualquer necessidade ou carências, irresistível, a luz dos céus, Senhor do alvorecer, etc.

    O que os Cristãos poderiam objetar quanto a estas qualidades também existentes em Yahweh? De fato, tanto Allá quanto Yahweh são categoricamente idênticos: o Único, verdadeiro, Criador, Deus Todo-Poderoso Sustentador que governa o universo. A questão permanece: Eles são similares ou idênticos?
  1. O caso para similaridade: 

  2. Pergunte a um Muçulmano se o Todo-Poderoso conceberia em vir a ser um homem;
    Pergunte se o Alcorão revela a pessoa do Todo-Poderoso ou tão somente sua vontade;
    Pergunte se o Todo-Poderoso pode permitir pessoas a mentirem em certas circunstâncias;
    Pergunte se o Todo-Poderoso teria compaixão daqueles que estão indo para o inferno;
    Pergunte se o Todo-Poderoso teria uma essência possível de ser conhecida.
Conclusão:

Espero que o leitor tenha se deparado com a complexidade da situação. O debate entre Muçulmanos e Cristãos somente pode ser benéfico quando ambos lados pensam, falam e escrevem claramente. Nossas palavras devem refletir precisamente o entendimento originado a partir de nossas próprias Escrituras. Palavras devem ter significâncias e, por esta razão, devem ser usadas apropriadamente. No debate entre Cristãos e Muçulmanos há certas palavras (tais como “Deus”, “Alá” e “Yahweh”) as quais compartilham coisas em comum. Com muita freqüência, em tentativas ingênuas de promoção de algum diálogo, nós fazemos estas coisas em comum o pináculo de nossa discussão. As palavras usadas por Muçulmanos e Cristãos não possuem o mesmo significado necessariamente. Quando é dito que Alá = Yahweh = Brâmane = Allá, isto é mais do que um mero descuido. Isto demonstra uma grande ausência de compreensão do significado ou conteúdo das palavras.

Há palavras e conceitos os quais trazem consigo a necessidade de um exame bem detalhado, o qual ainda não foi bem tratado. Estou apresentando apenas uma pequena introdução para este processo. É esperado que esta introdução incitará outros para examinar palavras, da maneira como elas são usadas no Islamismo e no Cristianismo, e também os significados que estão por trás destas palavras. Nunca deixe isso ser dito, que “estamos discutindo semântica”. Isto é um argumento de pessoas levianas, as quais geralmente usam de subterfúgios para se esconder ou alguma esquiva para desviar as atenções do real fato do problema: semântica, significados e palavras são importantes.

Isto faz-nos convenientes para usar cuidadosamente e sabiamente as palavras. Não podemos ser culpados por assumir que quando um Muçulmano diz “Alá”, ele está falando da Divindade com todas as características, atributos e essências de Yahweh. Não entender assim é ser culpado por falácia e equívoco. Não queremos que equívocos venham a ser nossa vocação.

NOTA: Este artigo é uma tradução de "Do Muslims and Christians speak the same language?"

Penso que seja importante a nós cristãos considerarmo que, independente da falácia que existe na origem da fé do islã, nós devemos, sempre, abdicar de falar-lhe em tons ameaçadores, ou mesmo fazer-lhes contendas desnecessárias. Precisamos manter em mente que no passado, por inúmeras vezes, tanto cristãos  quanto muçulmanos usaram a religião como pretexto para lançar guerra de conquistas uns contra os outros e que isso causou, verdadeiramente, celeumas históricas, em ambos o lados, as quais demandarão, ainda, muita paciência para superar.

A Bíblia mostra claramente a total inutilidade de nós cristãos, herdeiros que somos da graça que foi exclusiva dos judeus, nos contendermos em guerras contra os árabes (irmãos dos judeus por parte de Abraão) e a sua religião pois, o próprio Deus Jeová decretou e avisou (por meio do anjo que falou a Agar), desde de o início da separação que, nem eles poderão nos vencer nem nós poderemos vencer a eles:

"Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.
E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?"
Gênesis 16:11-13

De modo que o único saldo de tais contendas tem sido os traumas, as perdas e os danos, para ambas as partes.

Lembremo-no ainda que, a religião do islã nasceu do genuíno desejo de demover o antigo povo árabe do politeísmo idolatra que eles, antes do islã, praticavam. Além do mais, a origem deste povo é nobre, pois eles descendem de Ismael, que assim como Isaque, também é filho de Abraão e foi alcançado por promessa e por proteção de Deus. Demonstrar uma boa dose de sincero repeito é o mínimo que podemos fazer em relação eles.

Há uma verdade que nós cristãos evidentemente sabemos, que o Senhor Jesus foi bastante claro em nos ensinar e que devemos buscar compartilhar com amor, com pessoas de todas as nações:

"Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos" Jo 15:1-8

Esta verdade precisa ser testificada, sim, mas acima de tudo, com a vivência de uma experiência de amor, movida pela ação do Espírito Santo de Deus em em nós, antes de tudo, e primeiramente entre nós mesmo, para que sejamos observados como assim sendo e, por conseguinte, estendendo o nosso amor, que flui de Deus, também para com os da fé do islã, para que assim sendo, eles também possam vir a crer, no diferencial incomparável que é o sacrifício resgatador do Senhor Jesus. Isso, de modo algum tem a ver com contendas sociais ou conquistas políticas. Precisamos seguir a Bíblia e não políticas humanas.

Por acaso não estar ligado "a videira" seria pior do que estar ligado a ela e ainda assim dar frutos ruins, frutos da carne, ou mesmo não dar fruto algum?

“Então perguntei ao anjo que falava comigo: Meu senhor, que é isso?
Respondeu-me o anjo que falava comigo, e me disse: Não sabes tu o que isso é? E eu disse: Não, meu senhor. Ele me respondeu, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos.” Zc 4:4-6


Depois da libertação do exílio babilônico, Zorobabel, em 537 A.C., liderou um restante judeu na volta a Jerusalém e Judá. (Esd 2:1, 2; Ne 7:6, 7; 12:1) Como governador nomeado pelo Rei Ciro, confiou-se a Zorobabel os vasos sagrados de ouro e de prata que, anos antes, tinham sido tirados do templo por Nabucodonosor. (Esd 5:14, 15) Em Jerusalém, sob a direção de Zorobabel e do sumo sacerdote Jesua, erigiu-se o altar do templo no sétimo mês (etanim, ou tisri, setembro-outubro) (Esd 3:1, 2), e, no segundo ano, no segundo mês (zive, ou íiar, abril-maio, de 536 A.C.) começou a construção do templo propriamente dito. (Esd 3:8) Reconhecendo a má motivação dos não-judeus, que pediram para participar na obra de reconstrução, Zorobabel, Jesua e os cabeças das casas paternas declararam: “Não tendes nada que ver conosco na construção de uma casa ao nosso Deus, pois nós mesmos, juntos, construiremos para Jeová, o Deus de Israel, assim como nos mandou o Rei Ciro, rei da Pérsia.” — Esd 4:1-3.

Estes não-judeus, porém, continuaram a desanimar os reconstrutores do templo, e, por fim (em 522 A.C.), conseguiram um embargo oficial da obra. Dois anos mais tarde, Zorobabel e Jesua (Josué), incentivados pelos profetas Ageu e Zacarias, corajosamente reiniciaram a construção do templo, apesar do embargo. (Esd 4:23, 24; 5:1, 2; Ag 1:1, 12, 14; Za 1:1) Depois disso, uma investigação feita nos arquivos persas vindicou a legalidade da obra deles. (Esd 6:1-12) Durante toda a obra, os profetas Ageu e Zacarias continuaram a incentivar Zorobabel, fortalecendo-o para a obra e garantindo-lhe que tinha o favor divino. (Ag 2:2-4, 21-23; Za 4:6-10) Por fim (em 515 A.C.), o templo foi concluído. (Esd 6:13-15) Também, durante a governadoria de Zorobabel, cuidou-se das necessidades dos levitas, recebendo os cantores e os porteiros seu quinhão, “conforme a necessidade diária”. — Ne 12:47.

Apesar de, em tudo, parecer um governante reto e justo,ainda assim Deus sentiu a necessidade de alertar a Zorobabel: "... Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito. ..." Amém!
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Este trabalho de André Luis Lenz, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
 
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